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Sobre este novo projeto

Updated: Jun 12, 2020


Todos que me conhecem sabem que eu gosto muito de escrever e de escrever muito. Eu nasci e cresci no Rio de Janeiro e estudei no Colégio Pedro II (um dos poucos federais do país), um colégio muito tradicional que incluía aulas de filosofia no currículo. Eu adorava as aulas de filosofia, adorava aqueles pensamentos abstratos e por vezes estranhos, porque eles algumas vezes refletiam perguntas que eu fazia a mim mesma (porque não tinha coragem de fazer a mais ninguém) e assim não me sentia tão doida. Num dos anos, quase no final dos estudos, uma das professoras de filosofia decidiu que aqueles ensinamentos eram muito bicho-grilo para um mundo moderno competitivo e resolveu mandar a turma ler vários textos e resumi-los. Lembro-me que uma amiga tirou uma nota altíssima porque resumiu em duas frases um texto que ocupava toda uma folha enquanto eu, minuciosa, me atrapalhei e fiquei com uma nota bem mais baixa. Percebi, naquele momento, que o meu conhecimento, os meus sentimentos e principalmente as minhas experiências jamais poderiam ser resumidos. Não quero perder os detalhes que fazem cada um de nós especial e insubstituível.

Claro, também não sou daquelas que contam todos os detalhes sórdidos (interessantes ou não) de toda e qualquer situação. Às vezes, levo um tempo para falar sobre um acontecimento e muitas vezes (muitas vezes mesmo) acabo é esquecendo. No geral, sou boa com segredos porque esqueço, mas ao mesmo tempo posso correr o risco de contar para você algo que você mesmo me contou há um tempo atrás em segredo e eu esqueci que era segredo e que foi você quem me contou. Por isso, não gosto de segredos. Algumas vezes ouvi de pessoas que eu não devo falar sobre a minha vida com tantos detalhes (geralmente essas pessoas se referiam aos detalhes ruins) para qualquer um; que o que “vende” e o que as pessoas querem ouvir são histórias de sucesso. Bem, a maioria de nós tem o seu ideal de sucesso e sabe, na teoria, o que deve fazer para chegar lá. Mas eu acho que contribuo muito mais para a minha evolução e para a evolução dos que estão ao meu redor se eu falar sobre tudo: sobre os sucessos, os fracassos e todo o resto que está entre eles. Afinal, também é importante ter inspiração para saber o que fazer quando as coisas não saem como o planejado ou quando algo (ruim) inesperado acontece.

Resumindo (claro que não, depois desse tempo todo), o motivo deste site é ter uma ajudinha para passar pelos tempos de vaca magra nos quais me encontro, de uma forma que me agrada: trabalhando com as palavras, sejam elas escritas ou faladas, e ganhando dinheiro com isso. A minha vida de dermatologista segue em paralelo e sem remuneração aqui na Austrália por enquanto, e caso necessitem de algum conselho amigo sobre doenças de pele (por favor, não me perguntem sobre estética! Vocês certamente entendem muito mais de estética do que eu!), eu também não me importo de passar para vocês e, como todo conselho, é de graça (porque, se fosse bom...).

Não se acanhem em divulgar os meus serviços.

Namastê! (a doida que está em mim saúda o/a doido/a que está em você, mais ou menos isso quando traduzido, hehehe)

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